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Preconceito e ignorância podem ser fatais. #NOVEMBROAZUL |
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Preconceito e ignorância podem ser fatais. #NOVEMBROAZUL

Prevenção possibilita diagnóstico precoce e maior chance de cura.

Doença silenciosa, o câncer de próstata foram diagnosticados em 2016 em mais de 60 mil homens no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Este é o segundo tipo de câncer mais comum para o sexo masculino, atrás apenas do de pele não-melanoma.

Neste mês, a doença é lembrada durante a campanha Novembro Azul. Criada em 2011, a ação tinha inicialmente o objetivo de alertar sobre a gravidade do câncer de próstata e a importância dos exames preventivos. Mais recentemente ampliou-se o sentido, como um alerta também sobre a necessidade de os homens realizarem consultas médicas preventivas e cuidarem mais da saúde.

Historicamente, eles vão menos aos consultórios, o que faz com que muitas enfermidades só sejam diagnosticadas em estágio avançado, dificultando muito o efeito dos tratamentos e podendo levar a um maior número de óbitos.

É o que ocorre com o câncer de próstata. A doença não costuma mostrar sinais até que esteja em estágio bastante avançado.

“Isso faz com que seja o segundo principal tipo de câncer, e o que mais leva os homens a óbito, atrás apenas do de pulmão”, alerta Gustavo Cardoso Guimarães, cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Urologia do A.C.Camargo Cancer Center.

Em 2013, a doença foi causa de morte de mais de 13 mil homens, segundo dados do Inca. A doença afeta a próstata, uma glândula exclusiva do sistema reprodutor masculino, localizada na parte baixa do abdômen, próxima ao reto.

Alterações na região são mais comuns após os 50 anos, quando o exame preventivo deve começar a ser feito anualmente, mas ainda há muita desinformação e receio em relação aos procedimentos, como o toque retal.

“É preciso sensibilizar os homens sobre a importância do exame preventivo. A consulta com o urologista inclui uma conversa prévia com o médico, que irá alertar sobre a importância do exame, riscos e consequências”, explica o especialista.

O exame de toque permite sentir possíveis alterações na glândula, que nem sempre são cânceres. No caso de um tumor ser localizado, quando diagnosticado em estágio inicial, há uma maior possibilidade de tratamentos, menos invasivos e com menos sequelas.

O exame não machuca, não dói e demora apenas uns minutinhos. Ou seja, não há motivos para correr o risco de ter uma doença tão letal por falta de prevenção. Também faz parte do diagnóstico uma coleta de amostra de sangue para dosagem de uma proteína, o PSA.

Pessoas com caso de câncer de próstata na família devem começar o preventivo antes, com 40 anos, e as pessoas obesas e sedentárias, a partir dos 45.

Quando em estágio avançado, muitas vezes apenas a cirurgia é possível, e, apesar de hoje já ter evoluído muito, ainda pode levar a casos de incontinência urinária e impotência. Além disso, o paciente fica mais suscetível à metástase, quando o câncer se espalha para outros órgãos.

Ainda não foi identificada a causa principal que leva alguns homens a desenvolverem câncer de próstata, mas já se sabe hoje que vida sedentária, obesidade e uma dieta rica em muita gordura e proteína aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.

Os sintomas, perceptíveis só em estágios avançados, podem incluir diminuição do jato de urina, ardência ao urinar e mais idas ao banheiro.

“Muitos desses sintomas são muito similares ao crescimento normal da próstata por conta do envelhecimento, por isso o exame é importante. Apenas 25% a 30% dos pacientes que apresentam alteração na glândula são diagnosticados com câncer”, diz Guimarães.

O tratamento também evoluiu bastante nos últimos anos, com métodos menos invasivos e com mais opções de tratamento para os diferentes estágios do tumor, o que significa menor impacto na qualidade de vida do paciente e maior chance de controle da doença.

“É preciso mudar a cultura do homem de não cuidar da saúde. Quanto antes qualquer doença for identificada, menor tende a ser sua gravidade, maiores são as opções de tratamento e melhor a recuperação”, conclui o oncologista.

CRÉDITOS: Autora: Camila SotérioAdaptação: Andrey Fernandes Fonte: Coração e Vida

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